As emissões de CO2, o Acordo de Paris e os compromissos do Brasil.
ZERAR AS EMISSÕES DE CO2.
Zerar as emissões, significa neutralização de todo o dióxido de carbono lançado por uma pessoa física ou jurídica, por uma cidade, uma região ou um país, feita por ações que retiram ou evitam maior geração de CO2 da atmosfera.
O plantio de árvores é uma ação que colabora para a retirada do CO2, enquanto a utilização de fontes renováveis de energia, com a eólica, contribui para que um maior volume não seja emitido.
Outra forma são os créditos de carbono. Empresas certificadas quanto ao emprego de energia limpa em suas atividades econômicas, por exemplo, geram créditos de carbono que são adquiridos por outras que pretendem neutralizar suas emissões, comprando tantos créditos quanto tantas toneladas de CO2 emitiram. A cada tonelada de CO2 corresponde um crédito.
ACORDO DE PARIS.
Firmado por 195 países em dezembro de 2015, durante a 21ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, COP 21, o Acordo de Paris, ratificado por 147 dos signatários, dentre os quais Brasil e vigente desde novembro de 2016, visa alcançar um equilíbrio entre as emissões causadas pela atividade humana e a remoção de gases de efeito estufa na segunda metade deste século, com base na equidade, no contexto de desenvolvimento sustentável e nos esforços para erradicar a pobreza.
O uso intenso de combustíveis fósseis como matriz energética no mundo intensifica a liberação de dióxido de carbono e outros gases nocivos à atmosfera. Essa emissão de gases contribui de maneira significativa para o aumento da temperatura do planeta.[1]
A meta do Acordo de Paris é manter o aumento da temperatura do planeta abaixo dos 2 ºC., mas o ideal é que o aquecimento máximo não passe de 1,5º C.
Dentre outras de suas metas, destacam-se a promoção da cooperação entre a sociedade civil, o setor privado, instituições financeiras, cidades, comunidades e povos indígenas para ampliar e fortalecer ações de mitigação do aquecimento global; adaptação dos países signatários às mudanças climáticas, especialmente para os países menos desenvolvidos, de modo a reduzir a vulnerabilidade a eventos climáticos extremos; suporte financeiro e tecnológico por parte dos países desenvolvidos para ampliar as ações para cumprir as metas para 2020 dos países menos desenvolvido e a promoção do desenvolvimento tecnológico com transferência de tecnologia e capacitação para adaptação às mudanças climáticas.[2]
COMPROMISSOS BRASILEIROS.
Os compromissos brasileiros são de reduzir até 2025 as emissões em até 37%, comparativamente aos níveis de 2005), e atingir 43% de redução até 2030.
As principais metas brasileiras são as seguintes:
- Aumentar o uso de fontes alternativas de energia.
- Aumentar a participação de bioenergias sustentáveis na matriz energética brasileira para 18% até 2030.
- Utilizar tecnologias limpas nas indústrias.
- Melhorar a infraestrutura dos transportes.
- Diminuir o desmatamento.
- Restaurar e reflorestar até 12 milhões de hectares.
Os benefícios que uma economia de baixo carbono podem trazer para os países estão claros para uma parcela cada vez maior da sociedade. Matriz elétrica limpa, agricultura de baixo carbono, eletrificação do setor de transportes, etc.
O desafio está, conforme Alexandre Prado, diretor de Economia Verde do WWF-Brasil, em conseguir que os projetos saiam do papel, que o governo federal, estados e municípios tenham uma atuação mais forte, tanto na valorização de florestas em pé —combatendo desmatamento e queimadas, por exemplo— quanto facilitando a adaptação da indústria e da agricultura para a economia do século XXI. “Nós só seremos capazes de cumprir com essas metas se definitivamente assumirmos como sociedade um novo padrão de desenvolvimento, de baixo carbono e sustentável nos pilares econômico, social e ambiental”, conclui.[3]
[1] https://brasilescola.uol.com.br/geografia/acordo-paris.htm
[2] https://www.politize.com.br/acordo-de-paris/
[3] https://www.wwf.org.br/?77471/Acordo-de-Paris-completa-cinco-anos-com-licoes-aprendidas